CERP – CENTRO ECOLÓGICO DE RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Resumo:

O objeto deste trabalho é a implantação e manutenção de usina para beneficiamento dos resíduos de construção civil – RCC, gerados nos serviços e obras de saneamento na Sabesp e tem como objetivo principal a reutilizando os materiais provenientes dos serviços de manutenção da Sabesp: asfalto, guias, sarjetas, BGS, entre outros. A Usina terá capacidade para triturar e aplicar espuma de asfalto e o material final deverá ser reutilizado para as reposições das camadas inferiores das valas das obras Sabesp. As reposições de valas na abrangência da Diretoria Metropolitana representam uma grande parcela dos serviços executados, com grande impacto nos clientes e nos custos operacionais da Sabesp. Em 2018, foram descartados, em aterro, o volume total de 81.000 m³ de material proveniente dos serviços de manutenções dos sistemas de água e esgoto. As exigências dos clientes sobre reposição de pavimentos figura entre as principais manifestações da Diretoria Metropolitana - M. A Prefeitura Municipal de São Paulo, em 2018, publicou a revisão da Instrução de Reparação de Pavimentos flexíveis (IR 01/2018) que junto com as Instruções de Trabalho de reparação de pavimentos de concreto e articulados que norteiam todo o trabalho de recuperação de pavimentos na cidade de São Paulo. Cabe ressaltar que, de modo geral, todas as mudanças que ocorrem na cidade de São Paulo costumam ser replicadas nos municípios da região metropolitana. A ARSESP - Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo dentro da 2ª Revisão Tarifária Ordinária da Sabesp também está criando um Índice Geral de Qualidade – Fator Q que impacta diretamente no valor da tarifa da Sabesp, e um dos itens deste índice, tem relação com a reposição de pavimentos. A Deliberação ARSESP nº 550 estabelece prazos de reposição de pavimentos e observa-se que estes prazos estão mais restritivos com o passar dos anos. Atualmente recebemos diversas solicitações de clientes e poder concedentes dos municípios operados pela Sabesp, questionando a qualidade das reposições realizadas nos serviços de manutenções e investimentos de redes, ramais, ligações de água e esgoto. Com isso este trabalho visa implantar Usina de Reciclagem - RCC dos materiais oriundos das obras inclusive com aplicação de asfalto espumado. Além dos benefícios acima, temos: Redução da quantidade de resíduos gerados e encaminhados para aterro, redução da quantidade de material inerte adquirido para utilização nas obras de Saneamento, redução dos custos dos serviços executados na área de atuação deste contrato, redução da incidência de autuações municipais e ARSESP referentes à má qualidade das reposições dos pavimentos e consequente desembolso pela SABESP, redução do prazo de execução da reposição dos Pavimentos; melhora na qualidade, durabilidade da reconstituição das valas oriundas de manutenção e prolongamentos de redes. A restauração de bases de valas com espuma de asfalto é uma alternativa de reciclagem para pavimentos deteriorados e também reforço de base para combater os recalques das valas que ocorrem pós serviços. A espuma de asfalto é formada em um processo em que pequenas quantidades de água são adicionadas à Emulsão Asfáltica de Petróleo (EAP), a espuma é acrescentada ao material britado das capas asfálticas oriundas das valas Sabesp, que é misturado também a outros materiais como agentes rejuvenescedores e ligantes. Além do material britado é muito comum se utilizar a fresa de asfalto. Este material se mostrou bastante eficiente no que tange a capacidade de suporte das bases das valas oriundas das obras Sabesp. Desta forma pretendemos resolver os problemas de afundamentos de valas tão reclamados pelas prefeituras.